terça-feira, 7 de outubro de 2014
CARAPANÃ.
Poucos são os surtos de felicidade e, quando houver não aja com parcimônia, descanse depois, durma quando puder, conheça pessoas de qualquer modo ou lugar, goste delas ou não, mas as conheça, escute seus sotaques, perceba seus trejeitos e acima de tudo, guarde seus cheiros.
Esteja atento desde a chegada, um olhar às vezes vem de lado e é percebido muito antes pelos poros do que pelo seu próprio olhar, não os perca, arrepie, sinta de onde vem, para amar ou odiar. Não julgue seus sentimentos, os controle com temperança, mas não os recrimine, também às vezes grandes amores estão esperando em estâncias distantes, mas se apresse, pois eles não estão parados e nem ao seu dispor, mas à sua espera.
Há diálogos longos sem que seja necessário uma só palavra dita e nem olhares totalmente abertos, há segredos de povos antigos guardados em seus descendentes e você pode ter total acesso a um começo de entendimento através de um toque, o pensamento do outro lado da linha acaba por encontrar algum ponto de congruência, que pode ser numa festa, com uma conversa falada e fiada e, paralelo a esta, uma muito seria e profunda, sabendo-se no abismo que desembocará, ou simplesmente em um encontro atrasado às 7:30 da manhã, mas que com a chegada da congruência nenhum atraso é percebido, pois o tempo acabou de parar e não posso mais falar, isso faria o tempo andar e desse movimento não quero me adiantar, aqui permanecerá, carapanã.
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