Ágora
terça-feira, 7 de outubro de 2014
CARAPANÃ.
Poucos são os surtos de felicidade e, quando houver não aja com parcimônia, descanse depois, durma quando puder, conheça pessoas de qualquer modo ou lugar, goste delas ou não, mas as conheça, escute seus sotaques, perceba seus trejeitos e acima de tudo, guarde seus cheiros.
Esteja atento desde a chegada, um olhar às vezes vem de lado e é percebido muito antes pelos poros do que pelo seu próprio olhar, não os perca, arrepie, sinta de onde vem, para amar ou odiar. Não julgue seus sentimentos, os controle com temperança, mas não os recrimine, também às vezes grandes amores estão esperando em estâncias distantes, mas se apresse, pois eles não estão parados e nem ao seu dispor, mas à sua espera.
Há diálogos longos sem que seja necessário uma só palavra dita e nem olhares totalmente abertos, há segredos de povos antigos guardados em seus descendentes e você pode ter total acesso a um começo de entendimento através de um toque, o pensamento do outro lado da linha acaba por encontrar algum ponto de congruência, que pode ser numa festa, com uma conversa falada e fiada e, paralelo a esta, uma muito seria e profunda, sabendo-se no abismo que desembocará, ou simplesmente em um encontro atrasado às 7:30 da manhã, mas que com a chegada da congruência nenhum atraso é percebido, pois o tempo acabou de parar e não posso mais falar, isso faria o tempo andar e desse movimento não quero me adiantar, aqui permanecerá, carapanã.
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Escolha
Critério de busca para uma resposta sem exatidão, às vezes não se sabe o que escrever, ou, quando se escreve, o que está se querendo dizer. A paciência já não é tão abundante e o que lhe resta de energia é sim forte, mas se consome assim como as supernovas. Bom seria se ainda fosse novo ou que ao menos pudesse sentir a juventude mais presente.
O sentimento que se tem é o de falsidade, não por ser falso em si o que se sente, mas sim por já não suportar o comportamento que outrora lhe coube tão bem e tão aproveitado se foi. Todavia já não se sabe como agir, se aceita tal incômodo pelo simples fato de que um dia ele foi seu também? Ou, o que é incômodo não pode ser relevado pelo fato de ter sido compactuado em algum momento?!
Nada é claro, e o que se tem feito é conviver, e o consumo se dar físico e mentalmente até onde houver combustão, pois quando não mais houver a supernova já não será tão nova assim, consumindo então o seu próprio núcleo e assim proporcionará ao incômodo e a qualquer outro sentimento envolvido na relação um belo espetáculo de luzes e cores.
O sentimento que se tem é o de falsidade, não por ser falso em si o que se sente, mas sim por já não suportar o comportamento que outrora lhe coube tão bem e tão aproveitado se foi. Todavia já não se sabe como agir, se aceita tal incômodo pelo simples fato de que um dia ele foi seu também? Ou, o que é incômodo não pode ser relevado pelo fato de ter sido compactuado em algum momento?!
Nada é claro, e o que se tem feito é conviver, e o consumo se dar físico e mentalmente até onde houver combustão, pois quando não mais houver a supernova já não será tão nova assim, consumindo então o seu próprio núcleo e assim proporcionará ao incômodo e a qualquer outro sentimento envolvido na relação um belo espetáculo de luzes e cores.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Não tenha raiva dos sofistas...
Eu sempre soube, mas nunca poderia aceitar que para saber precisaria de um papel que reconhecesse o meu saber, de tantos papéis que li, muito aprendi, porém precisa estar impresso em um parente próximo do papel que li, que aprendi o que ali estava.
O que me deixa mais pensativo é que os elementos que compõe a sociedade, reconhecem o que aprendi, mas para que a sociedade reconheça faz-se necessário que os papéis dêem o seu aval. Tudo bem, aceito, é apenas mais um signo desta sociedade zodiacal, mas será que os astros têm realmente a responsabilidade? Não sei, até mesmo que soubesse precisaria de um papel para atestar.
O domínio do papel é tão grande que para relatar a minha indignação, preciso registrá-la em um parente do deus celulose, papel digital, que pouco a pouco vem ocupando seu espaço, e o meu onde está? Certamente à alguns quilômetros após a mesosfera. Lá eu posso falar à vontade sem qualquer tipo de validação do papel, até por que a minha voz não se propagará e, como farei? Terei de escrever em um papel.
Enquanto isso, vou eu falando e escrevendo, pessoas vão lendo e me ouvindo, concordando e discordando, ora eu desisto, logo recupero o fôlego e retomo a caminhada e os papéis por aí reconhecendo os que o aceitam e em momentos raros os que não aceitam, eu continuo escrevendo e falando, pessoas lendo e comigo conversando e quem sabe um dia uma celulose ainda que seja um broto dai-me seu aval ou peça a seu pai que o faça.
O que me deixa mais pensativo é que os elementos que compõe a sociedade, reconhecem o que aprendi, mas para que a sociedade reconheça faz-se necessário que os papéis dêem o seu aval. Tudo bem, aceito, é apenas mais um signo desta sociedade zodiacal, mas será que os astros têm realmente a responsabilidade? Não sei, até mesmo que soubesse precisaria de um papel para atestar.
O domínio do papel é tão grande que para relatar a minha indignação, preciso registrá-la em um parente do deus celulose, papel digital, que pouco a pouco vem ocupando seu espaço, e o meu onde está? Certamente à alguns quilômetros após a mesosfera. Lá eu posso falar à vontade sem qualquer tipo de validação do papel, até por que a minha voz não se propagará e, como farei? Terei de escrever em um papel.
Enquanto isso, vou eu falando e escrevendo, pessoas vão lendo e me ouvindo, concordando e discordando, ora eu desisto, logo recupero o fôlego e retomo a caminhada e os papéis por aí reconhecendo os que o aceitam e em momentos raros os que não aceitam, eu continuo escrevendo e falando, pessoas lendo e comigo conversando e quem sabe um dia uma celulose ainda que seja um broto dai-me seu aval ou peça a seu pai que o faça.
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Caipira
Difícil realmente é tentar definir tal fenômeno que se apresenta, pois não posso apenas dizer que seja arrependimento, tendo em vista que o melhor resultado que eu poderia conseguir , eu consegui exatamente nesta fase e também não posso me arrepender do caminho que escolhi para percorrer.
Todavia creio que se fosse um pouco mais ao sul seria perfeito, então agora apenas vou apreendendo as notícias que vão sendo divulgadas, mas você não faz idéia da vontade que tenho de está reportando, ou melhor, de está interferindo diretamente nos acontecimentos, mas acho, e realmente é achismo, afinal, não sou muito fã de quando o fenômeno se apresenta de forma tão perfeita, ok, talvez fosse possível lá nos mundos possíveis, mas, não neste, que esteja satisfeito com o caminho escolhido e o resultado alcançado por você.
Sou realmente um fã da especificidade, mas neste caso não se trata de referências teóricas, mas sim, de uma energia vermelha e não sendo canalizada através de fibra óptica e sua condução azul e fria. Tenho absoluta certeza que suas usinas não se satisfazem com tal fonte e mais ainda que suas bobinas deslizariam de maneira mais harmoniosa, uma energia quente e de combustão quase que instantâneas . A ciência e o homem não estão completos,saiba que poderá sempre realocar suas peças para um encaixe mais uniforme.
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Du.
Se você pensou que as coisas fossem ficar mais fáceis pelo simples fato de possuir uma estabilidade,se enganou, eu no seu lugar não afirmaria com tanta certeza assim acerca da sua estabilidade, será mesmo que está estável ou na verdade a sua felicidade está em um pico estreito e, o que chama de estabilidade nada mais é do que o teu esforço e equilíbrio a fim de manter a felicidade que tanto procurava?
Então me diz por que meia hora de tristeza parece apagar dias de felicidade? Me diz então por que a minha felicidade não parece ser a sua já que é você a minha? Eu sei que estou sendo prático, até prefiro ser, mas por que o mundo vive dizendo que devemos quebrar as tradições e quando chega na minha vez não é legal? Consigo reconhecer que a minha praticidade no amor machuca, magoa e produz lágrimas, mas tenha certeza que também dói em mim ao perceber que algo que gosto tanto e prezo, magoa e machuca a minha felicidade.
E agora não sei dizer ao certo do que tenho mais orgulho, de ter mantido minha postura firme até hoje ou de ter plena coragem e consciência de implodir toda essa base se for necessário para me manter equilibrado em qualquer que seja o pico, para que caia toda a minha postura, mas que de forma alguma caia um grão da minha felicidade.
Então me diz por que meia hora de tristeza parece apagar dias de felicidade? Me diz então por que a minha felicidade não parece ser a sua já que é você a minha? Eu sei que estou sendo prático, até prefiro ser, mas por que o mundo vive dizendo que devemos quebrar as tradições e quando chega na minha vez não é legal? Consigo reconhecer que a minha praticidade no amor machuca, magoa e produz lágrimas, mas tenha certeza que também dói em mim ao perceber que algo que gosto tanto e prezo, magoa e machuca a minha felicidade.
E agora não sei dizer ao certo do que tenho mais orgulho, de ter mantido minha postura firme até hoje ou de ter plena coragem e consciência de implodir toda essa base se for necessário para me manter equilibrado em qualquer que seja o pico, para que caia toda a minha postura, mas que de forma alguma caia um grão da minha felicidade.
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Conto
Enquanto o senhor feudal mineiro chora ao se sentir injustiçado por construir teu castelo e sonegar esta pequena construção, e o bôbo da corte reintera que não se arrepende de se lixar para a população do imperio, um integro senhor portador da justiça convoca um ministro a se declarar por suposta apologia ao crime, crime este sendo a participação em passeata para uma falsa legalização de uma certa folhinha indígena.
Ora, folhinha esta já legalizada e utilizada pelo baixo clero que é criminalizada pelo uso da mesma, sendo esta,a meu ver, possuidora do mesmo poder alucinógeno e/ou criminoso socialmente do que uma bebida alcoólica,todavia sempre que tal debate reaparece logo senhores honrosos da justiça fazem questão de alguma forma diferenciar por um motivo que desconheço, pois a alegação de saúde publica e segurança não se sustenta já que tanto a folhinha como o liquido são causadores de modificações psíquicas.
Sendo assim, como foi feito com o liquido a tempos atrás, a discriminação e a legalização da tal folhinha seria a principal via do combate a nuclear mazela cometida pela mesma, que é o teu comércio, feito de forma negra(ou de forma afrodescendente como queiram os politicamente corretos, mas isso é um outro debate) e justamente por não ser legal abre margem para que seus comerciantes criem leis e formas de execução destas leis de ação paralela as regentes em nosso feudo e isso sim é a parte criminal de toda esta discussão, pois o conflito de códigos de leis em uma sociedade é o que gera insegurança.
Desta forma senhores recomendo-lhes que atentem-se para casos mais importantes, como a separação racial que estar por vir por conta de medidas de igualdade extremamente separatistas e atentem-se de que tal discrepância em divisões de rendas no feudo,pois mais cedo ou mais tarde causa revolta, e como em todo império discrepante um dia o baixo clero se rebela e as baixas infelizmente serão necessárias.
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Apenas
posso me apegar a uma tradiçao onde é afirmada, quase como regra, a estranhesa de todo pensador, mas isso seria muito longo para mim, ja que estes louros são todos póstumos, desta forma prefiro manter a minha,também, tradicional postura pessimista que muitos colocam como sem razão com o velho e conhecido verso de que; -você jovem,cheio de vida com saude porque reclama tanto!?!.
Como se o fato de ser"saudavel" fosse algo especial e que a juventude fosse eterna, não quero, não vou e não seguirei de forma total a luz, ate porque, mesmo ela brilhante e limpida nos cega, sendo a maior hipocrisia falar da hipocrisia quando você cita a mesma no seguinte contexto;" -bla bla bla... eu estaria sendo hipocrita se falasse que sim ou que nao..." cala a boca!!! ja estas sendo, pelo simples fato de usar a expressão como acessorio de uma suposta humildade que tenha, pois só há duas vias, e antes que fale, sim estou sendo maniqueista e não, não tenho nada contra o Sartre, todavia em meu pesamento não há possibilidades acerca do sim e do não.
De alguma forma você dirá, e este você, pode realmente ser você ou simplismente eu me colocando em segunda voz, para de forma ilusoria afirmar uma reflexão e assim configurar um pensamento, mas não poderia este pensamento estar configurado na minha primeira reflexão onde afirmo meu pessimismo como pessimismo puro e não como somente mais uma reclamação?
Para mim sim, mas você,e agora este você é o mundo, dirá que não pois é muito mais facil e menos incomodo ignorar toda e qualquer mazela inerente a raça humana se apegando a beleza natural, não que não haja,mas a beleza da natureza é tao bela quanto a nossa ja que de forma essencial estamos contidos nela, ou apegando-se a algo metafisico, sendo a metafisica algo, como o proprio nome diz, alem da fisica, mesmo assim sendo criado e idolatrado por algo fisico para justificar a criação da propria fisica.
Destarte prefiro eu então continuar com o meu pessimismo realista, não morbido, apenas pessimista, doque criar a ilusão para explicar a realidade e desta forma me isentar de qualquer culpa ou mazela,negando qualquer premiação para validar uma humildade qualquer, pois esta mesma humildade que nega a premiação é exaltada como premio e assim volta a ser lembrado no quão bom você foi em um momento postumo.
Como se o fato de ser"saudavel" fosse algo especial e que a juventude fosse eterna, não quero, não vou e não seguirei de forma total a luz, ate porque, mesmo ela brilhante e limpida nos cega, sendo a maior hipocrisia falar da hipocrisia quando você cita a mesma no seguinte contexto;" -bla bla bla... eu estaria sendo hipocrita se falasse que sim ou que nao..." cala a boca!!! ja estas sendo, pelo simples fato de usar a expressão como acessorio de uma suposta humildade que tenha, pois só há duas vias, e antes que fale, sim estou sendo maniqueista e não, não tenho nada contra o Sartre, todavia em meu pesamento não há possibilidades acerca do sim e do não.
De alguma forma você dirá, e este você, pode realmente ser você ou simplismente eu me colocando em segunda voz, para de forma ilusoria afirmar uma reflexão e assim configurar um pensamento, mas não poderia este pensamento estar configurado na minha primeira reflexão onde afirmo meu pessimismo como pessimismo puro e não como somente mais uma reclamação?
Para mim sim, mas você,e agora este você é o mundo, dirá que não pois é muito mais facil e menos incomodo ignorar toda e qualquer mazela inerente a raça humana se apegando a beleza natural, não que não haja,mas a beleza da natureza é tao bela quanto a nossa ja que de forma essencial estamos contidos nela, ou apegando-se a algo metafisico, sendo a metafisica algo, como o proprio nome diz, alem da fisica, mesmo assim sendo criado e idolatrado por algo fisico para justificar a criação da propria fisica.
Destarte prefiro eu então continuar com o meu pessimismo realista, não morbido, apenas pessimista, doque criar a ilusão para explicar a realidade e desta forma me isentar de qualquer culpa ou mazela,negando qualquer premiação para validar uma humildade qualquer, pois esta mesma humildade que nega a premiação é exaltada como premio e assim volta a ser lembrado no quão bom você foi em um momento postumo.
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